À medida que nos aproximamos do Natal, é crucial não perdermos de vista a profunda conexão entre esse evento festivo e a Sexta-feira Santa. Não podemos permitir que o brilho das luzes coloridas e a alegria das canções natalinas obscureçam a verdadeira razão pela qual celebramos o nascimento do Filho de Deus.
Ele veio não apenas para compartilhar Sua carne conosco, mas para entregar essa carne de maneira dolorosa e sacrificial. Veio para suportar os pregos cravados em Suas mãos e pés, para sentir a lança perfurando seu lado. Ele escolheu encarnar-se, permitindo que uma coroa de espinhos fosse pressionada sobre Sua cabeça divina. Sua jornada em carne incluiu ser chicoteado nas costas, ter sua face golpeada e sua barba arrancada, enquanto cuspiam em seus olhos até que a saliva escorresse.
A magnitude desse sacrifício é o que confere significado ao Natal. Ele veio em carne para ter algo com o qual morrer, algo com o qual sofrer. O propósito final desse sacrifício era alcançar pecadores como nós com Sua graça redentora. Ele veio, transbordando de graça, e de Sua plenitude, recebemos graça sobre graça.
A verdade essencial do Natal, conforme expressa no Evangelho de João, é que o eterno Deus, subsistindo em mais de uma pessoa, incluindo Pai, Filho e Espírito Santo, escolheu como plano A, que o Filho, o Verbo, assumisse uma forma carnal. Isso foi feito para que Ele pudesse ter um corpo pelo qual pudesse morrer, tornando-se o sacrifício substitutivo necessário. O Natal, portanto, não deve ser isolado; é uma parte vital de sua obra redentora do eterno Senhor.
À medida que desembrulhamos os presentes e compartilhamos refeições festivas nesta época do ano, devemos lembrar que o verdadeiro presente do Natal é o dom da vida eterna proporcionado pela entrega do corpo de Cristo. Sua morte pelos pecadores é a base da graça que nos é oferecida. Sem essa morte redentora, estaríamos destinados ao julgamento, não à graça.
Então, enquanto celebramos o Natal com alegria, mantenhamos nossos corações voltados para a grande preparação que ele representa para a Sexta-feira Santa. Que possamos compreender plenamente o significado do Natal: a encarnação do Verbo, o sacrifício da carne e a promessa de vida eterna para todos aqueles que creem.
Que este Natal nos lembre não apenas da chegada do Salvador, mas também da magnitude do seu sacrifício que trouxe esperança e redenção a um mundo perdido.
Por Cyssu Pantaleão